quarta-feira, 16 de maio de 2012

Como é ser esposa de militar?




Por Carol Ribeiro

Muitas pessoas me perguntam como é ser esposa de militar, como é se mudar para uma cidade sabendo que ficará pouco tempo ali, como é ficar longe da família em momentos importantes da vida, como é ter que explicar para os filhos que está na hora de mudar de casa, cidade e escola... É pessoal, o post de hoje vai abordar justamente isso: A vida da mulher de militar.





Quando um dos cônjuges tem que se mudar por causa do trabalho sempre tem quem pense, vou ou não?? No caso do militar, que vive se mudando, raramente tem essa possibilidade, pois senão o casal e os filhos pouco terão a oportunidade de conviver como uma família.

Passada aquela fase "romântica" de estou casando com um militar, para algumas vem o pesadelo de abdicar da vida de antes e levantar acampamento e seguir pelo Brasil. Vejam bem, não estou aqui reclamando, apenas estou fazendo um post pra contar o que passamos já que muitas vezes as pessoas que não estão no nosso meio não entendem como nos sentimos.

No meu caso, como filha de militar, já sabia como seria minha vida depois de casada. O que não acontece com todas. Mas nem por isso foi ou é mais fácil... Na adolescência, precisei de ajuda profissional o que me deu bastante base para seguir adiante. Ser filha de militar também me ajudou, por exemplo, a saber como meus filhos se sentem a cada mudança.

Seja qualquer uma das forças, ou qualquer formação dos militares de carreira é fato que quando eles se formam já de cara enfrentam uma transferência. Guerreiras são as namoradas que enfrentam o namoro a distância... Nesse meio tempo muitos relacionamentos já se desfazem, mas podem também se fortalecer. É difícil dizer se há uma fórmula, nem estou aqui querendo isso, mas todo relacionamento que tem como base a confiança tende a dar certo, a distancia ou não.

Além das constantes mudanças, temos que nos adaptar com as ausências de quando eles tiram serviço (ficam 24 horas direto na unidade), quando vão para os campos (exercícios militares), quando vão para cursos de aperfeiçoamentos e missões/operações (seja no país ou no exterior). Quando essas atividades são prolongadas, o transtorno é bem grande já que ficamos responsáveis por administrar tudo sozinha (como disse a Paula nesse post: marido em missão no exterior)... Pra quem tem filhos fica bem complicado... Como quando estava em Recife e meu marido foi fazer um curso de cinco meses no Rio de Janeiro, na época tinha uma filha com três anos, estava grávida e fazia faculdade.

E as transferências??? Ah, essa tira o sono de muita gente, inclusive o meu! Pensar em ter que desmontar a casa toda, chegar numa cidade desconhecida, arrumar tudo de novo e se acostumar com toda nova rotina e costumes da região não é fácil. Para as que têm profissão, ter que fazer uma nova rede de relacionamentos, procurar emprego... E ainda ouvir muito: mulher de militar? Vai ficar quanto tempo na cidade?

Mas só posso finalizar com uma coisa... Tudo isso vale a pena e se torna pequeno quando temos o AMOR da nossa família!!!

9 comentários:

Jacqueline Machado disse...

Nossa eu sei muito bem o que é namorar a distância, sempre soube que ele era o homem que eu escolhi para ser meu marido... justamente por causa da sua honestidade, por isso sempre tive a paciência e a confiança de esperar por 2 anos para enfim nos casarmos! demorou alguns meses quando ele retornou ao rio mas casamos agora no dia 12-05-12, pois já tinhamos marcado a data. Acredito que o amor é maior que tudo, não existe dificuldade que o amor não supere,é claro, existem pessoas que realmente sofrem com essas situações e eu tbm sofri, e muito com essas coisas! Mas sempre procurei entender as necessidades do meu marido, namoramos por 2 anos e meio e noivamos 2 anos e meio tbm! rs. A base para manter um relacionamento duradouro com um militar é saber entende lo ( pos eles sofrem mais do que nós! ) e ( mostrar que não nos chateammos pelo fato de mudar de cidade, pq a esposa sempre será o ombro amigo de nossos respectivos maridos, por isso é importante o nosso apoio nesta hora tão difícil ). E quando vamos para lugares muito longe que nós nem fazemos ideia que existe!??? rsrs e nessa hora que nosso apoio de esposa entra, acho que tudo é vencer as diversividades da vida com um sorriso no rosto, vai ter que fazer mesmo pra que ficar chateada ou pensar nas possibilidades rs, arregasse as mangas e vamos a luta! Se é pra viver com ele e vou fazer de tudo para sermos felizes juntos ao nossos futuros filho ( que quando situação aperta mais ainda! rs )!!

Cibele disse...

Olá!
Achar esse blog na net foi a melhor coisa que me aconteceu hj. Acabei de receber a notícia que a transferencia de meu marido saiu... Estou um pouco apreensiva sim confesso, mas confiante que o melhor acontecerá. Vou passar sempre por aqui para ler as dicas!!!

Suelen disse...

Eu já fiquei mais de dois meses longe por ele estar em um curso, mta saudade mas tudo certo é o trabalho, mas eu estava perto da minha família. Longe e sozinha não sei como seria, acho que fecharia a casa e voltaria pra cidade dos meus pais se o tempo fosse superior a dois meses...
Oi Cibele, para onde foram transferidos? Bjo pra vocês

Anônimo disse...

Eu sou casada com um militar a 12 anos e sei o quanto é sofrido para as esposas ficar longe do esposo por muito tempo e tbm longe da sua cidade natal e de seus familiares.

Anônimo disse...

estou com um militar á 12 anos, á 6 casada ainda sem filhos. No final de Março vai 6 meses pelo Mundo e eu fico, sozinha, em Portugal. Nunca foi fácil suportar as suas ausências. Tenho a família toda que apoia mas não é a mesma coisa. Os amigos, esses desaparecem quando precisamos. Há uns que nem entendem e até criticam. Sinto-me sozinha, desesperada, triste e ainda ele nem foi....

Daiana disse...

Muito bom seu post, meu marido é supervisor de obras, nossa rotina é sempre se mudando, nos últimos 4 anos moramos em 5 cidades diferentes... Pra mim é complicado o fato de não poder trabalhar, devido ao pouco tempo de estadia em cada lugar... A maioria da família critica, diz que eu deveria ficar em casa e deixar ele morando nas obras, mas temos uma filha e pra mim é importante ela estar perto do pai, ver ele apenas uma vez a cada 30 dias não dá!

Anônimo disse...

Sou esposa de militar e para mim existem duas coisas muito complicadas: as ausências (agora ele está em missão durante 1 mês, eu sozinha em uma cidade quase desconhecida) e a dificuldade de conseguir emprego. Sou advogada e este ano desisti. A cada entrevista, a noticia de ser esposa de militar parece uma bomba. E os poucos trabalhos conseguidos não remuneram bem... e nem tem como se fixar em algum lugar... é complicado mesmo.... mas na minha opinião, tudo compensa! Um casamento feliz, estável é o que nos mantém...eu não trocaria por nada!

Anônimo disse...

Bom.. eu namoro um militar. Meu namorado é sargento do exército. Quando começamos o nosso namoro ele foi para EsSA em MG. E eu fiquei no em Porto Alegre/RS... foi bastante complicado... a distancia é horrível. Mas o nosso amor foi maior!! Agora ele serve em POA/ RS... Pretendemos nos casar em breve... Da um friozinho na barriga apesar de amar ele, saber que vamos precisar nos mudar, mudar de cidade.. talvez estado, pois desde que eu nasci moro na mesma casa com meus pais. Pra mim, o que vai ser mais difícil é conviver longe da minha família. Acho que também vou precisar de ajuda de um profissional para aprender a lidar com a situação. Já é difícil agora quando ele tem campos ou missões mais prolongadas... fico imaginando como será quando estivermos em uma cidade que eu não conheço ninguém e ele precisar se ausentar. Espero que com o mesmo amor que superamos a distancia no inicio do namoro, conseguiremos superar os obstáculos que venham pela frente.

Rafaela disse...

Meu namorado é do exército, entrou recentemente. Estamos namorando há quase 3 anos e pretendemos nos casar em breve, não aguento mais esperar... rsrs
Eu não tenho parentes próximos que saibam como é essa vida, mas meu pai é policial, então a parte das ausências em datas importantes eu acho que saberia lidar. Lógico que é difícil, mas eu sempre fui "adaptável"; me mudei bastante ao longo da minha infância. A parte mais difícil vai ser ficar longe da família e dos amigos, com certeza... e o emprego? Sou jornalista, gente, será que é mais fácil? Rs
Esse é um blog pra vida, já estou seguindo! Bjs!

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